Strasbourg

Estrasburgo não estava na minha lista inicial de lugares a visitar. Ainda bem, foi uma surpresa ótima!

Época de Natal na Europa é época de “marchés de noel”. Seria muita injustiça traduzir o que é um “marché” pela palavra “mercado”. Vou deixar que as fotos expliquem, ou que a curiosidade de vocês façam procurar pelo nosso amigo google. Aqui em Lyon também tem marché durante o mês de dezembro , e foi conversando sobre isso que duas francesas comentaram sobre Estrasburgo e sobre o marché mais lindo da França. Quando eu percebi, já estava com minhas amigas dentro do trem, lendo, dormindo e conversando pras 5 horas de viagem passarem mais rápido. Ah, e o trem não tinha vagão-restaurante! Que sedeeeee!

Estrasburgo fica no nordeste da França, naquela região que os livros de escola dizem que passou da Alemanha pra Franca, da França pra Alemanha e vice-versa várias vezes, a Alsácia-Lorena! É, e por isso os Strasbourgeois (nativos) falam francês e alemão (e o dialeto alsacien, Le), as ruas têm placas nas duas línguas, e a arquitetura, os souvernirs, tudo tem cara de Alemanha. E o frio vem de brinde, né?! Uiiii... como fez frio! Aquela busca por cafés e “salon de thé” foi mais constante que o normal! Mas valeu muito a pena, a cidade é linda. Apesar de ser uma das grandes cidades da França, para quem mora em São Paulo, parece pequena. Mas é lá que está o Conselho da Europa, o Parlamento Europeu e a Corte Européia dos direitos do homem. Pois é! E essas construções modernosas vimos num passeio de “bateau mouche”, um barco (fechado, claro!) que faz um tour de 1h15 e nos protegendo do frio mostra bem a cidade, partes que não iríamos andando, com explicações com um fundo de música clássica hahaha. Ah, e o bateau também passa por uma eclusa! Vale mto a pena !

Strasbourg também encanta com sua Catedral de Notre-Dame que demorou 4 séculos pra ser construída ( e o Brasil tem pouco mais de 5 séculos!). É o que eles chamam de “chef d`œuvre ” (obra prima), e o relógio astronômico que foi construído dentro é uma coisa de louco. Diz a lenda que o criador teve seus olhos arrancados ao fim de seus trabalhos, para que não fosse possível repetir a façanha em algum outro lugar!!!!!!

O centro da cidade é patrimônio mundial da humanidade (como Lyon, eeeee!), tombado pela Unesco! Incluindo (y compris, neh Rita! ) a Catedral e o bairro da Petite France, que é bem tradicional. Ah, e além do rio Reno (Rhin), Strasbourg tem um afluente dele que chama III! Hahahah!

E a Marsellaise (hino da França), que foi escrita em Strasbourg com a intenção de ser apenas um canto de guerra? É por isso que é tão violenta!

E as tartes flambées, e a quiche lorraine et o chucrute maravilhoso que comemos ? Ui... que o frio seja forte pra queimar tudo isso!!! hahahaha

E as pérolas? Sempre! La em Strasbourg, eles falavam “s’il vous plaît” como o nosso “pois não?” . E pra acordar cedo e tentar a comunicação com os “gentis” e “simpáticos” funcionários do albergue no café da manhã? Po, ele fala s’il vous plait e vc tem que falar “thé au lait”? Uma de nós preferiu ficar dizendo “oui”,ao invés de “café”, só pra aumentar o mau-humor francês. Hahahahaha. Como disse o sábio Jonas, ainda bem que fomos colonizados pelos portugueses!!!! Hahahahaha. Falando em Jonas, ele soltou outra pérola hilária. Estávamos numa loja de biscoitos muito boa (e por isso, cara), escolhendo nossos biscoitos que íam ser pesados depois. Ele foi mais rápido e quando tava na frente do caixa, gritou pra gente: “ Pessoal, cuidado, isso aqui é muito caro!!!”. O caixa, um francês mirradinho, vira e solta: “Você é brasileiro? Aprendi português quando morei em Salvador!” Ahhhhhhhh...que legal!! Hahahahaha. Mas o Jonas, que teve a coragem de viajar sozinho com a mulherada, foi sensacional e aguentou todos os nossos momentos ultra-constantes de “vamos tirar foto!” e “qual será que eu compro?”.

Como dizemos, esse nosso mochilão com base em Lyon.....eh sensacional!

Carcassonne

Castelo, ponte levadiça, torres,poços...eu e a Paty de princesas! O meu príncipe, modernoso, poderia chegar de eurostar, mas pra combinar com o cenário ele teria que dar umas braçadas no Canal da Mancha e chegar de cavalo pra me ver em CARCASSONNE! Ahhh...que sonho! Aliás, Carcassonne tem esse lado mágico, meio de sonho, sonho de criança, Bela Adormecida. AMEI!

A cidade é (de novo) medieval, fica na região de Languedoc-Roussillon, tem quase 50 mil habitantes (uau!) e assim como a parte antiga de Lyon, é protegida pela Unesco. Ainda bem! Rodeada de muros e torres, a sua construção foi estratégica pq ela fica entre o Atlântico e o Mediterrâneo . A vila foi fundada pelos romanos no século 2 AC!!!! Na Idade Média, explodiram varias batalhas e na visita você vê as armadilhas, onde eles se escondiam para atirar flechas, onde eles guardavam os pequenos canhões, o que dava errado e o que deu certo, aquelas escadas super estreitas feitas para os inimigos não conseguirem passar com armas no caso de uma invasão, você vê a Torre da Inquisição, você baba, fica louca, não pára de tirar fotos e pensar que tudo aquilo que você viu em filme (25 filmes foram rodados la) aconteceu, e ALI, onde você está agora. Eh uma sensacao louca, diferente. Na verdade, tivemos muita sorte de ir agora, pq tinham poucos turistas. Carcassonne é lota o ano todo, mas no verão eh insuportável. Ver o que eu vi,tudo vazio, do jeito que eu vi, com calma, foi sensacional. Que viagem!

A cidade é divida em duas, a parte histórica (Cité) e a parte cidade normal (Ville Basse), onde chegamos com o trem. O guia indica pegar ônibus pra ir de uma parte à outra, mas como estávamos só com a mochila (lotaderrrrrima), fomos andando e conhecendo realmente tudo, sem pressa. E é isso que eu indico fazer. Em Carcassonne e onde mais for possível. Você vê o Canal do Midi, o rio Aude, as lojinhas, os cafés, as pessoas (que aqui dão QUATRO, QUATRO, isso, QUATRO beijinhos quando se encontram. E claro, isso inclui homem com homem!!!!), vê as igrejas, vê uma praça com homenagem aos soldados mortos, vê uma grande montanha russa (que eles montam em várias cidades da Franca, inclusive Lyon, na época do Natal), vê a Place Carnot, vê uma rua que se chama “Tranquille”, come o famoso e tradicional Cassoulet (ahh, feijao eh bom demais!!!!)e tem a sensação de que tá conhecendo mesmo a cidade. De repente, ahhhhhhhhhh...você avista a cité medieval, suas muralhas, aquela imagem incrível...tão perto! Atravessa a Ponte Vieux (onde assistimos um pôr-do-sol daqueles!) e chega naquele lugar que os brasileiros não sabem se existe de verdade. Existe, e é lindo! E viagem de estudante tem seus privilégios: o albergue fica dentro da cité medieval!!!!!!! Passeando pelas ruas, de repente ele ta lá, esperando por você (ou não, pq o check-in soh começava às 15h30), com aquele chuveiro que não esquenta muito e que vc tem que ficar apertando pra água ficar caindo, exatamente como na residência. Mas você sempre conhece gente diferente, que acrescenta alguma coisa nova na sua vida. Conhecemos uma suíça que nos explicou que ela fala suiço-alemão e esse dialeto não se escreve, a língua oficial que eles aprendem na escola é o alemão. (Alessandra, fiquei meio confusa! Você sabia disso?). Mas ela me disse que a língua materna é esse dialeto e o alemão ela não fala perfeitamente (fala como qualquer outra língua que vc (mal) aprende na escola), nem o inglês. Pessoa interessante, trabalha com flores, não fez faculdade (“na Suiça tem gente demais formada em faculdade!” Ok..), conheceu uns portugueses e eh apaixonada pela língua (muito, ficou falando disso qdo a gente tava acordando, queria lembrar todas as expressões que aprendeu, e eu e a Paty tentando entender o que os portugas ensinaram..ai esses gajos hahaha), ta trabalhando em Bordeaux e concorda que é difícil fazer amizade com os franceses (ela disse que é um problema da Europa! Vai pro Brasil, flor!!!!!!).

Enfim, vou parar de falar, vejam as fotos e embarquem! Isso, venham conferir vocês mesmos!! Se eu to aqui, é pq é possível! E inesquecível! Clichê? Je m`en fiche!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Bisousssssssssssssssssssssssssssss